segunda-feira, 9 de setembro de 2013

                    Homeopatia ou alopatia, qual melhor?  
                         Após o termino da faculdade de medicina fui me especializar em homeopatia em São Paulo, em um pequeno hospital de homeopatia. Isso mesmo, um hospital de homeopatia! Com pronto socorro 24 horas, ambulatório para internações e centro para pequenas cirurgias, tudo com o atendimento exclusivo com medicamentos homeopáticos! Muitas pessoas se surpreendem ao ouvir isto, por acreditarem que a homeopatia so’ trata de “doenças leves”. Mas essa percepção e’ um engano. Na India, no oriente, aonde a homeopatia e’ largamente aceita, talvez por eles la’ não terem a massificante influencia dos grandes grupos da indústria farmacológica, a homeopatia e’ usada há décadas no sistema hospitalar, tendo enfermarias ou de alopatia (alopatia e’ o nome dado a essa medicina que conhecemos de medicamentos químicos) ou de homeopatia. O doente e’ que escolhe na hora que busca o hospital qual opção que ele quer. Aqui no ocidente, até o inicio do século passado (1920-30), a homeopatia era tao usada quanto a medicina química da alopatia. A partir de mais ou menos essa data, principalmente após a  descoberta dos antibióticos, a industria farmacológica começou a dominar como forma de tratamento dos doentes, chegando ‘as decadas seguintes com a ideia de que seria capaz de curar todas as doenças que afligem o ser humano. E realmente a ciência conseguiu enormes conquistas com os medicamentos químicos.
                      Mas após essas décadas de uso de medicamentos químicos vemos que na grande parte das doenças crônicas a alopatia não cura, sendo mais um tratamento paliativo (de alivio de sintomas), e o que e’ mais problemático, vem acompanhado de efeitos colaterais, muitas vezes graves efeitos colaterais. Com isso, as medicinas chamadas naturais ou energéticas, principalmente a acumputura e homeopatia, ganharam espaço novamente, tanto pela procura de médicos para se especializarem nelas, quanto por pacientes que não conseguiam alivio pelas promessas dessa medicina química. A homeopatia foi reconhecida como especialidade medica pelo conselho de medicna em 1978, e a acumputura no ano passado.
                    Enquanto a alopatia visa o combate ao sintoma local (anti-inflamatorio, anti-biotico, anti- hipertensivo, anti-alergico,...), a homeopatia visa a melhora da doença pelo re-equilibrio do organismo como um todo. E’ uma outra visão de doença, por a homeopatia acreditar que ficamos doentes não por que “algo” de fora do corpo que foi a causa da doença, mas que por o organismo estar em desequilíbrio ele se torna suscetivel a ficar doente. Vemos essa visão, por exemplo, numa epidemia de gripe. Por que so’ algumas pessoas pegam a gripe e outras não? Se o problema todo fosse so’ o vírus da gripe seria para todos ficarem gripados. E a homeopatia tem a enorme vantagem de não ter efeitos colaterais.
                   Por esses motivos que resolvi ao termino da faculdade de medicina em 1990, me especializar em homeopatia. Me atraiu essa visão de poder tratar o doente tendo uma visão global de sua saúde e não de partes separadas como e’ pela alopatia, que cada hora manda você ir para um especialista diferente, em que um não trata ou sabe do outro. E’ uma visão fragmentada do ser humano essa da alopatia. Já a homeopatia tem uma premissa de que “não há doenças, mas doentes”. E na época de faculdade me surpreendeu o fato de homeopatia incluir os aspectos mentais como importantes na avaliação do doente. Vi a homeopatia como uma medicina mais humana, que olha para o doente como um todo, e não apenas para o sintoma como a alopatia faz que, por exemplo, pede super exames para um problema de pele, mas não ve a pessoa, o individuo que esta com aquele problema, como se fosse duas coisas separadas, a pele e a pessoa.
                  Mas respondendo a pergunta do titulo inicial, não existe uma medicina melhor ou pior do que a outra. E’ mais uma opção pessoal de escolha. Talvez a alopatia se encaixe melhor nessa sociedade capitalista e imediatista que vivemos atualmente, que traz uma busca material acima de tudo, deixando de lado valores mais humanos, ambientais ou espirituais, além de ser essa correria que não da tempo para aprofundarmos em algo. Por exemplo, se você esta com insônia, tome um “rivotril”- que e’ um anti-convulsivante- e e’ o terceiro medicamento mais vendido no Brasil após a “dipirona” e as “pílulas” anti-concepcionais!!! Para muitos e’ mais fácil tomar o rivotril e dormir do que tentar parar um pouco e analisar o que pode estar acontecendo em sua vida que não te deixa relaxar e dormir naturalmente a noite.
                A homeopatia também pode servir a essas pessoas ainda muito ligadas a esse imediatismo, mas e’ principalmente para as que estão buscando uma nova forma de entendimento da vida, com uma visão mais humana, que a homeopatia possa ser uma escolha preferencial.
     Qual sentido para sua vida?
     Isso pode parecer um tema estranho para um medico escrever, mas como descrevi nos artigos anteriores, o corpo físico e a mente são partes (inseparaveis) de um mesmo organismo, que se influenciam mutuamente. O que altera a mente influencia o corpo, e vice versa.
    Então entender o “sentido da sua existência” tem tudo haver com um bem estar psíquico, e logo com a saúde do corpo.
     Entender o sentido da vida não e’ uma tarefa fácil. Desde jovens somos estimulados pela escola, sociedade e ate mesmo por nossa família, a sermos ambiciosos e buscar o sucesso material. Isso implica em grande parte dos jovens entrarem na vida adulta tendo passado por cima (e desapercebidos) de seus dons, seus sonhos e suas vontades próprias. E’ o “ter” sendo mais importante do que o “ser”. E aos poucos, esse jovem, se torna um adulto rico e famoso (quando com sorte), mas interiormente vazio e infeliz. Lembro de na minha turma de formatura de faculdade de medicina, em 1990, que eramos 70 e poucos formandos, e desses, mais ou menos 40 tinham optado por se especializarem em obstetrícia e ginecologia, que “por coincidência” era uma das especialidades que mais facilitava uma rápida ascensão profissional. Sera’ que grande parte desses meus jovens colegas optaram pela vocação ou por um oportunismo?
      A depressão e’ considerada um dos principais males da nossa época, causada não so’ por esse motivo citado, mas acredito que muitas vezes sendo sim por isso.
      Estamos distantes de nossa essência. Não sabemos direito nossas potencialidades. Buscamos muito “fora”, com sede de conhecimento no “google” e por outro lado olhamos pouco para dentro de nos- ou por não nos darmos esse tempo e espaço, ou por medo de algo que vemos em nos, e ai optamos por “jogar para debaixo do tapete” a sujeira.
       A transformação do homem ocorre quando ele se torna o que ele e’, e não quando ele tenta ser o que ele não e’.
      Mas esse distanciamento da nossa essência, do nosso mundo interior, nos cobra um preço alto. Vamos vivendo uma insatisfação interior, um estado de infelicidade, que vai se tornando crônico, e o que e‘ pior, vamos nos acostumando com esse estado e achando que isso e’ “normal”, que a vida e’ amarga mesmo, que “sou assim mesmo”.
      A velhice e’ a etapa final da vida. E’ quando o corpo esta em decadência, mas a alma –que se realizou interiormente durante a vida-  esta no máximo de sua realização. Por isso que em todas sociedades antigas o “velho” era sempre o sábio e inspirador da comunidade. Mas quando não nos realizamos, quando não passamos por essa “limpeza” de auto exame interior durante toda a vida, ao chegar na velhice, o sentimento interior sera’ de arrependimento, frustração e rancor. Sera’ esse um dos motivos de vermos tantos idosos deprimidos hoje em dia na nossa sociedade? 
    O caminho para auto realização, para se ter um sentido na vida, passa, invariavelmente, pelo auto conhecimento, por se conhecer interiormente. “Homem conheça-te a te mesmo”, era o dizer escrito na entrado do templo de Delfos na antiga Grecia, para os buscadores que iam pedir ajuda ao Deus grego. Socrates dizia que o homem desconhecido de si mesmo e’ um bárbaro. A partir dessa visão, vivemos hoje na barbárie.
    Entendemos muito sobre o universo, mas sabemos pouco sobre nossa timidez ou pelos nossos acessos de fúria.
    Quanto tempo dedicamos a um esforço consciente para nos conhecermos melhor? Quando comecei a distanciar de mim mesmo? Daquilo que mais me importa?
    E’ preciso se conhecer para ter domínio próprio. Um paciente me disse recentemente: “quem não tem domínio próprio, tem um monstro proprio”.
     Quanto mais fugimos de nossos monstros interiores, mais eles têm domínio sobre nos. O caminho de resolução começa primeiro em conhecer esse “monstro”, em aceita-lo. Aceita-lo num sentido que ele faz parte de mim, de que por algum motivo em minha vida criou-se espaço para ele surgir, e por isso a necessidade de conhece-lo. Para ai, aos poucos, irmos domando ele.    
    Por isso que se diz que a felicidade existencial não e’ algo que vem do mundo exterior a nos, mas e’ algo que surgi espontaneamente por uma realização, lenta e gradual, de nosso mundo interior. E o auto conhecimento e’ a chave para isso.
      Um bom e simples exercício para praticarmos isso e’ escrevermos, nos momentos que estamos sozinhos conosco mesmos, sobre situações que estamos vivendo, sobre nossas duvidas, e sobre nossos sentimentos em relação a essas questões. E’ como um diário, não focado em fatos externos mas mais no dia dia de nossa alma. 
        Um Pouco Sobre Desenvolvimento Mental na Criança
            Todos pais desejam que seus filhos evitem a delinquência, os vícios ou um distúrbio de comportamento. E mais do que isso, desejam coisas positivas para as crianças: que eles tenham autoconfiança, que sejam expontaneos, amorosos, e que tenham êxito na escola, vida profissional e afetiva. Resumindo, que sejam felizes.
            Más recebemos pouca ou nenhuma orientação sobre como é esse desenvolvimento mental da criança.Por exemplo,pouquíssimo se fala na importância dos primeiros 7 anos da criança na formaçãode suas estruturas cerebrais e de personalidade, que serão a base para um ser feliz e com saúde mental.
           Além de comida e bons tratos físicos que mais podemos fazer para propiciar um pleno desenvolvimentoda criança? Sabemos hoje comprovadamente pela neurociência que o estimulo pelo afeto na criança ajuda no pleno desenvolvimento do cérebro delas, pelo aumento na formação de sinapses nos neurônios, as células do cérebro.
           E uma boa auto-estima e’ a base de uma saúde mental na criança. O que e’ auto-estima? E’ a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma. O quanto gosta de sua própria pessoa. Esse sentimento do seu próprio valor vai formar a essência de sua personalidade e determina o uso que fará de suas aptidões habilidades. Na verdade a auto-estimaé a mola que impulsiona a criança para o êxito ou fracasso como ser humano.Todos pais devem se ocupar em ajudar seu filho a criar uma fé firme e sincera em si mesmo.
A auto estima na criança é formada por 2 sentimentos básicos que ela precisa sentir vinda dos pais:
 -“Eu posso ser amado”
    (“Eu sou importante e tenho valor porque existo”)
-“Eu tenho valor”
  (“Posso dirigir a mim mesmo com competência. Sei que tenho algo a oferecer ao mundo”).
         Toda criança tem a necessidade de se sentir amada e digna. Tais necessidades temos pela vida inteira, mas e’ nos primeiros anos de vida que é feita a fundação que vamos carregar pela vida.
       Todos pais dizem: “Isso não é problema porque eu amo meu filho”. A questão é saber se a criança esta se sentido amada. Pode parecer que não, mas há uma grande diferença entre ser amado e se sentir amado. Vou exemplificar o que estou dizendo:
-Uma mãe que vou chamar de A, quando dá banho em seu bebê, o faz numa atitude relaxada e brincando; ela observa e examina seus pés gordinhos, delicia-se com suas reações ao pingar agua sobre sua barriga. Quando seu bebê balbucia, ela responde. Não há palavras, mas os dois estão se comunicando. Seu bebê sente e vê a receptividade dela. Ele tem suas primeiras noções de que é valorizado.
-Já uma mãe B, amamenta seu bebê. Ela aproveita sempre a hora de amamentar para ler. Seus braços sustentam o bebê de forma frouxa e indiferente. A atenção dela não esta no bebê, mas para o livro. Se ele balbucia, ela não toma conhecimento, nem percebe. Quando ele se movimenta, os braços dela não colaboram. O bebê e a mãe Bnão estão partilhando a mesma experiência. Na verdade, não há um encontro terno, humano, de pessoa para pessoa. Para esse bebê suas primeiras experiências de mundo ensinam-lhe que ele não merece atenção. Para ele o mundo é um lugar frio no qual ele tem pouca importância.
         As 2 mães amam seus filhos, mas só o filho da mãe A se sentiu plenamente amado. A forma como sorrimos, com que cantamos, conversamos e damos atenção ao nosso filho o colocam ou nãonuma elevada auto estima.
        E’ preciso também ter atenção com as mensagens negativas com as quais muitas vezes sem perceber, vamos imprimindo na criança. Imagina uma criança que por anos escuta a mãe falar: ”Esse menino e’ um terror em minha vida” (por ele ser bagunceiro). Ou: “ele não vai bem na escola porque ele é burro”, ”’esse menino não faz nada direito”, “ele e’ um chato!”, “você só me dá trabalho” etc. Nenhum pai ou mãe são perfeitos, por isso ter irritações com filho é algo normal. O que estou querendo pontuar aqui é que as mensagens negativas repetidas de forma continua anos a fio acabam por levar a criança a acreditar que ela é mesmo o que a mensagem esta lhe dizendo.Isso vai inconscientemente formando na criança a noção que ela tem de si mesma. Uma criança que escuta a infância toda de que ela éburra, e que nunca é valorizada pelo que faz, tem fortes tendências de depois ser um adulto que mesmo tendo feito faculdades e mestrados va’ sentir insegurança no que faz, como se ela mesma duvidasse de sua capacidade.
        A criança tem que se sentir valorizada, quaisquer que sejam suas realizações, e não só valorizadas se estão realizando os sonhos e desejos projetados dos pais.
      Cada criança é uma criança única, com sua historia e individualidade. Mas em geral,podemos dizer que quanto pior o comportamento da criança, maior é na verdade seu desejo de aprovação. Mais lhe faltou valorização. Quanto mais retraída ou agressiva, mais ela precisa de amor e aceitação. Na psicologia dizemos que sentimentos como medo, timidez, agressividade, tagarelice, ansiedade etc, são mecanismos de defesa que a criança vai incorporando ’a sua personalidade para se defender de um mundo exterior que lhe é desfavorável.
        Geralmente repetimos com nossos filhos a criação que tivemos de nossos pais, por mais que não tenhamos gostado da forma como fomos criados. Ou repetimos ou fazemos o contrario, o que e’ muito comum nas crianças de hoje, que tiveram pais que foram criados em uma geração muito repressora e hoje são pais totalmente permissivos e avessos a reprimir seus filhos. São as crianças que os desrespeitam e eles não sabem por limite.
        E esse e’ um exercício que você pode fazer agora: Como era manifestado o afeto de seus pais para você? Que mensagens lhes foram transmitidas por seu pai e sua mãe? Que lhe faltou? Isso as vezes pode ajudar a descobrirmos porque agimos de um jeito que não gostamos com nosso filho, mas que não conseguimos mudar. E como você esta criando seu filho? Como esta sua relação com ele?
       Para quem queira aprofundar nesse tema, recomendo o excelente livro “A Auto-estima do Seu Filho” de Dorothy C. Briggs. Foi principalmente desse livro que retirei conceitos desse artigo. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

               
                    A Homeopatia Funciona Mesmo, Ou E’ Efeito Psicologico? 
                         Esta e’ uma duvida frequente em muitas pessoas sobre a homeopatia. “Como pode uma ‘bolinha’ tao pequena curar doenças serias?” Sera’ que não e’ so’ efeito psicológico ou o chamado efeito placebo, que e’ quando a pessoa melhora por tanta fe’ que tem no tratamento? Sera’ que esse e’ o efeito da homeopatia?
                         Respondo com certeza absoluta que não e’ efeito psicológico a melhora com homeopatia! Ate’ por que a maioria dos pacientes do meu consultório chegam sem acreditar realmente na homeopatia, por já estarem vindo de longos tratamentos com “grandes comprimidos e injeções” sem terem tidos melhoras, e ai imaginam vendo aqueles glóbulos pequenos que não sera’ isso que os trara’ melhora. Grande parte dos pacientes procuram a homeopatia por que já tentaram de tudo sem melhora e acabam indo para a este novo tratamento por alguma indicação de algum conhecido, geralmente com o discurso “já que mal não vai fazer, não custa tentar”.
                         Mesmo com essa minha explicação os mais céticos ainda podem pensar “esses pacientes melhoraram porque o medico foi mais atencioso com eles”. Para esses céticos dou o que considero a prova de eficácia real da homeopatia. Muitos de meus pacientes tem menos de um ano de idade, alguns recém nascidos. Como explicar uma melhora por efeito placebo em bebes? Outra prova da eficácia da homeopatia e’ que ela esta sendo usado com grande sucesso na veterinária, tanto em pequenos animais domésticos quanto em grandes rebanhos em fazendas. Da’ para imaginar efeito psicológico ou placebo em uma vaca?
                         Entao e’ real o efeito da homeopatia!
                         Não e’ o tamanho ou quantidade de medicamento que vai promover a cura, mas sim a qualidade e força desse medicamento. E a homeopatia com suas pequenas doses e’ capaz de promover um re-equilibrio do organismo, a nível físico e mental. A homeopatia em vez de atacar os efeitos da doença (os sintomas), ela estimula as forças curativas do próprio organismo.    
                         Outra "armadilha" que vejo algumas pessoas caindo, e' dizendo: "eu tomei uma homeopatia e não melhorei, então a homeopatia não funciona comigo". Isso não e' uma verdade. Quantas pessoas iniciam um tratamento com antibiotico, e não melhoram e o medico muda uma ou duas vezes o antibiotico até acertar. E ninguem sai dizendo "antibiotico não funciona comigo". Então como qualquer outro tratamento, a homeopatia as vezes exige uma determinação.       
Descobrindo a homeopatia

Por Marcelo Perim

A homeopatia é um tratamento de saúde muito diferente daquele a que as pessoas estão acostumadas. Pode-se dizer da homeopatia que, em vez de focar o tratamento somente na doença local, ela visa um tratamento para re-equilibrar o organismo humano como um todo unificado.
Muitos pacientes que chegam para o tratamento homeopático estranham no início, para depois passar a admirar essa nova abordagem que o homeopata faz de avaliar a doença. Além de dar toda atenção à queixa que levou o paciente a procurar ajuda médica, também faz uma avaliação de todo o funcionamento de seu organismo, desde as partes fisiológicas(corpo físico), até os elementos mais sutis como sono e sonhos e, principalmente, os aspectos mentais, como as características pessoais de cada individuo; por exemplo, como manifesta a irritabilidade, sua ansiedade, seus medos, quais são suas preocupações na vida, como são as emoções - se chora ou não etc. Ou seja, procura-se saber como é o organismo em todos os seus aspectos, como o conjunto está.
Para o tratamento, o médico homeopata usa um medicamento não apenas para o sintoma, ou a doença local, mas para re-equilibrar o “todo” do organismo. Costuma-se dizer que “não tratamos a doença, tratamos a pessoa”. Constitui um tratamento totalmente individualizado, sempre com a ideia de fundo de que o organismo funciona como um todo inseparável em todos seus aspectos físico-psíquico-social-espiritual; por isso a homeopatia prega que não há como tratar uma parte sem olhar o todo.
É comum ouvir-se, no retorno de uma consulta, o paciente comentar que sentiu melhora de incômodos que ele nem tinha contado na consulta anterior. A explicação é que isso aconteceu porque o medicamento promoveu um re-equilíbrio de seu organismo, consequentemente todos os seus incômodos deverão, a seu tempo, melhorar e não apenas a queixa principal que o incomodava mais.
       A homeopatia é uma medicina que pode tratar ou auxiliar em praticamente todas as doenças clínicas. Só a título de exemplo de doenças tratadas pelo método homeopático com bons resultados, podem-se citar as doenças alérgicas como rinites, bronquites, asmas; as dores de cabeça como enxaquecas e sinusites; infecções de repetição como amigdalite; os transtornos de menopausa; problemas emocionais como depressão, transtorno de pânico e ansiedade, apenas para citar procuras mais freqüentes.
     Quem busca um tratamento homeopático acaba por descobrir uma nova forma de tratamento, acabando por descobrir o mais importante: a si mesmo!



(O Dr. Marcelo Perim é médico homeopata, atendendo em São Lourenço, na Clinica Dr Jose' Mauro, rua Madame Schimidt 51, tel 33321422)